Confira nossa crítica sobre o filme Esquadrão Suicida.

Há spoilers do filme no texto a seguir.

Esquadrão Suicida é um dos filmes mais aguardados do ano pelos fãs. Devido a massiva campanha de marketing, o filme chegou com altas expectativas. A pressão para agradar a mídia especializada e os fãs está bem alta. O filme vem recebendo muitas críticas pesadas, muitas comparando o filme com Batman vs Superman. 

As críticas que massacraram a versão de Batman vs Superman que chegou aos cinemas e depois elogiaram a versão estendida lançada em Blu-ray, repetiram a mesma situação com Esquadrão Suicida, muitas avaliando mais negativamente ainda do que o filme anterior da DC.

O diretor David Ayer saiu em defesa de seu filme nas redes sociais e já garantiu que não existe uma versão estendida de Esquadrão Suicida, deixando claro que ele fez seu trabalho para os fãs dos personagens. O fato da crítica ser bastante negativa pode prejudicar sua bilheteria final, pois muitas pessoas deixam de ir ao cinema com base no que leram, alegando que não vale a pena assistir tal filme.

Muitos personagens do Universo da DC foram mostrados no filme, alguns não tão conhecidos, outros já clássicos como, Coringa, Pistoleiro, Arlequina e Crocodilo. Todos tiveram seu tempo de tela muito bem explorados e com uma dinâmica que lembra o estilo de Guardiões da Galáxia, onde a equipe não se conhecia, porém, rapidamente tornam-se amigos. Não é porque são vilões que essas pessoas não podem ter sentimentos, como fica claro no relacionamento entre o Pistoleiro e sua filha.

Após a morte de Superman, para Amanda Waller, existe a iminência de novos ataques. A solução dela é montar um time com pessoas "altamente capacitadas", prontas para combater eventuais inimigos. Ela tem somente vilões em mãos, muitos capturados pelo Batman e essa é a justificativa para a formação da Força Tarefa X. 

Cada personagem "aceita" a missão dada por Amanda Waller em troca de diminuição de suas penas. A criação dessa missão foi proveniente de um erro cometido pela própria Amanda. Isso é a base para o enredo que apresenta vários novos personagens ao Universo Estendido da DC nos cinemas.

A química entre o novo Coringa e a Arlequina destaca-se durante todo o filme. O Coringa aparece em momentos chave, explicando um pouco da origem da Arlequina e podemos acompanhar seu empenho para resgatar sua amada. Foi apresentada uma versão bem diferente do palhaço do crime, um gangster imprevisível com uma presença bem imponente. Ficamos ansiosos para ver o Coringa e o Batman de Ben Affleck juntos em cena.

Esquadrão Suicida é bem mais humorado que os outros dois filmes da DC, mostrando algumas piadinhas entre os membros do esquadrão, porém não deixa de lado o tom um pouco mais obscuro que um filme de vilões exigiria. As músicas foram bem inseridas, caracterizando o estilo de cada personagem. Houve vários momentos que levaram desde várias gargalhadas até total silêncio dentro da sala de cinema. 

O destaque foi para a atuação de Margot Robbie e Will Smith, que roubaram a cena para eles, diminuindo um pouco até a importância de outros personagens, até mesmo do Coringa.

O ato final de Esquadrão Suicida foi bastante clichê, mostrando o mocinho (Rick Flag) resgatando a mocinha (Dra. June Moore), mas a Warner conseguiu despistar todos muito bem e manteve o mistério de onde surgiria o vilão do filme.

Como não poderia faltar, tivemos ligações diretas com toda a história que está sendo criada para o Universo Estendido da DC, como a participação do Flash e Batman.

A conversa de Bruce Wayne com Amanda Waller na cena pós-crédito é o elo que conecta os filmes da DC a Liga da Justiça. Seria bem interessante ver a Liga da Justiça enfrentando o Esquadrão Suicida. Agora é aguardar pelo próximo passo, que venha Mulher Maravilha.